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14/07/2020

ANÁLISE: A SEGUNDA GERAÇÃO ROMÂNTICA NA CONTEMPORANEIDADE

Quando falamos de ultrarromantismo, o primeiro pensamento que nos vem à cabeça é: por que tão mórbido? O que poderia estar passando na cabeça de tantos escritores para ter como inspiração a morte?

Nessa segunda geração romântica, nos deparamos com um amor irracional e um exagero emocional em personagens muito jovens, que se encontram em uma dor tão profunda e intensa, que preferem a morte ao sofrimento. De acordo com o que podemos analisar nas obras da época, os jovens viviam em um constante conflito com a sociedade. Incapazes de se ajustar aos padrões impostos, eles se tornavam uma espécie de “desajustados” aos olhos das outras pessoas. Isso nos lembra dos dias atuais, onde temos tantos relatos com muitos dos sentimentos transcritos nos livros, não? Isso porque o mal do século, tão conhecido nesse gênero, é a depressão. Conhecida dessa maneira porque ainda é incompreendida, mesmo por quem sofre com ela. E atualmente, a doença atinge cerca de 10% das pessoas no mundo.

No Brasil, os principais nomes das poesias ultrarromânticas foram Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu.

• Alvares de Azevedo (1853 a 1869)

Manuel Antônio de Azevedo nasceu em 1931, em São Paulo, mas foi somente em 1834 que começou a sua carreira literária. Nesta época, ainda muito jovem, descobriu os primeiros sintomas de uma doença que poderia causar sua morte: a tuberculose. Foi também graças a doença que Antônio se tornou tão cativado pela ideia da morte. Acredita-se que sua inspiração poética tenha se originado a partir dos textos de Lord Byron, de quem teria herdado sua forma de escrita macabra e melancólica. O novo escritor ultrarromântico, no entanto, não teve seus textos poéticos publicados em vida, pois faleceu ainda aos 21 anos de idade. Em vida, o único texto que havia sido escrito para publicação foi “Lira dos Vinte Anos”, mas foi apenas apresentado ao público em 1853, treze anos após sua morte. 

Outros textos de Antônio de Azevedo:

·         Poesias Diversas (1853)

·         Noite na Taverna (1855)

·         Macário (1855)

·         Poema do Frade (1862)

·         O Conde Lopo (1866)

• Casimiro de Abreu.

Casimiro José Marques de Abreu nasceu em 1839, no Rio de Janeiro. Em novembro de 1853, começou sua carreira literária: escreveu a peça “Camões e o Jaú”, que foi encenada em Lisboa em janeiro de 1856. Em 1859, teve seu único livro de poesias pulicado: “As Primaveras”. Casimiro de Abreu, assim como Manuel Antônio de Azevedo, contraiu tuberculose e morre aos vinte e um anos.

Principais poesias de Casimiro de Abreu:

·         Meus oito anos

·         Saudades

·         Minh'alma é triste

·         Amor e Medo

·         Desejo

·         Dores

·         Berço e Túmulo

·         Infância

·         A Valsa

·         Perdão

·         Poesia e Amor

·         Segredos

·         Última Folha